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Tutancâmon, maldição e morte
(Artigo publicado no Estadão, Gazeta do Povo, HojePR e diversos outros jornais)
(viagem ao Egito - out/25)
Tutancâmon sempre me fascinou — símbolo do esplendor do Egito Antigo, envolto em lendas e mistérios. Durante nossa viagem ao Egito, com meu filho, irmãos e cunhadas, exploramos o Cairo, Luxor e o mítico Vale dos Reis, onde o jovem faraó foi sepultado há mais de 3.000 anos.
Assumiu o trono aos 9 anos e morreu aos 19, por volta de 1323 a.C. Durante muito tempo acreditou-se em assassinato, mas exames de DNA e tomografias revelaram outra verdade: Tutancâmon provavelmente morreu de malária, agravada por uma infecção após fraturar a perna.
Filho do faraó Akhenaton com sua própria irmã, carregava marcas da consanguinidade: múltiplas deformações e fraqueza física. Casou-se com sua meia-irmã, mas suas duas filhas nasceram sem vida.
Em 1922, após cinco anos de buscas, o arqueólogo Howard Carter encontrou sua tumba intacta, no Vale dos Reis — um tesouro com mais de 5 mil artefatos, da comida aos objetos de ouro. Era tudo o que o faraó precisaria para a vida eterna.
Mas junto com o tesouro veio o mito da Maldição do Faraó: “A morte atacará aqueles que perturbarem o repouso do faraó.”
Pouco depois da descoberta, seis pessoas da expedição morreram, incluindo Lord Carnarvon, o financiador da escavação.
Hoje, acredita-se que fungos e bactérias selados por milênios possam ter causado essas mortes — um toque científico para um mistério que nunca deixará de nos encantar.
Fotos:
1–2: dentro da tumba


3: Vale dos Reis

4–5: trono e máscara mortuária de Tutancâmon (ouro maciço, Museu Egípcio)




