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Rio Nilo - Egito
(Artigo publicado no Estadão, Gazeta do Povo, HojePR e diversos outros jornais)
Navegar pelo Nilo, de Luxor a Assuã, por três dias e quatro noites, é mais que uma viagem — é um privilégio raro. Uma travessia pela alma de uma das civilizações mais fascinantes da história, revelada em templos monumentais como Karnak, Luxor, Philae, Kom Ombo e Abu Simbel, e no silêncio sagrado do Vale dos Reis.
Para os faraós, o legado não era apenas memória: era eternidade. Guiados por seus deuses, acreditavam que corpo e alma seguiriam juntos, vivos para sempre.
Ao sul do Egito, duas barragens cortam o Nilo em Assuã. Elas cumprem uma missão tripla: controlar as cheias do rio, gerar energia elétrica e ampliar em 30% as terras cultiváveis do país.
A primeira, construída em parceria com os britânicos, foi concluída em 1902. A segunda (penúltima foto), erguida com apoio soviético e inaugurada em 1970, é conhecida como a Grande Barragem de Assuã. Ela deu origem ao Lago Nasser — o maior lago artificial do mundo, com cerca de 500 km de extensão.
Mas não há progresso sem sacrifício. Abu Simbel, por exemplo, teria sido engolido pelas águas se não fosse a ação decisiva da Unesco, que o desmontou e reconstruiu pedra por pedra em terreno mais alto.
Segundo nosso guia, durante os dez anos de construção da Grande Barragem, cerca de 3.600 egípcios perderam a vida — vítimas de acidentes e do calor extremo, que em certas épocas do ano chegava a 60 °C.
E para terminar nosso périplo pelo Egito, passamos o dia de hoje em Alexandria, entre outros pontos turísticos conhecemos a Nova Biblioteca de Alexandria.
E à noite, embarcamos para Dubai.







